A votação do Plano de Recuperação Judicial apresentado pelos donos do jornal O Diário, de Maringá, foi suspensa novamente e adiada por mais 45 dias. Esse foi o resultado da assembleia de credores iniciada em 14 de dezembro e reaberta ontem (20). Atolado em dívidas, O Diário simplesmente deixou de pagar funcionários, o que levou boa parte da Redação a entrar em greve no dia 7 de fevereiro. O jornal corre o risco de entrar em falência, caso não tenha o plano de recuperação aprovado.
Ontem pela manhã, horas antes da assembleia de credores, a empresa apresentou um aditivo ao plano, propondo a venda em leilão do imóvel onde se encontra a sede de O Diário pelo valor inicial de R$ 13,5 milhões. Conforme o aditivo, a venda serviria para melhorar o fluxo de caixa e não implicaria no fechamento do jornal, já que seria providenciado outro local para continuar com as atividades.
Diante do novo impasse, os jornalistas de O Diário seguem em greve. Na semana passada, uma audiência de conciliação na Justiça do Trabalho terminou sem acordo depois que o jornal se negou a quitar as dívidas com os funcionários. Eles estão desde novembro sem receber os pagamentos. Essa já é uma das greves de jornalistas mais longas de que se tem notícia no País.
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