Jornalistas do O Diário, de Maringá, que estão parados por falta de salários e diretores do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná (Sindijor Norte PR) se reuniram na quarta-feira (21) para discutir a situação da greve. Com a Assembleia Geral de Credores, onde seria votado o Plano de Recuperação Judicial apresentado pela empresa, havia a expectativa de que a paralisação pudesse chegar ao fim, mas a decisão sobre o assunto foi adiada na última terça-feira (20).
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Durante a reunião com os profissionais em greve, foi solicitado ao Sindicato que pudesse dar atenção, inclusive, aos estagiários da empresa. “Alguns não receberam nem o pouco, R$ 400, por exemplo. É um absurdo”, conta o presidente do Sindijor Norte PR, Danilo Marconi.
A paralisação em O Diário, que dura 44 dias, já faz história como uma das mais longas da categoria de que se tem notícia no Brasil, superando a greve da Folha de Londrina na década de 80, que durou 22 dias, e também é mais duradoura que a famosa greve geral dos jornalistas de São Paulo em 1979, que também se estendeu por 22 dias.
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Os jornalistas pretendem manter ações de conscientização sobre os motivos da greve com a população nos próximos dias, com panfletagem em locais conhecidos dos maringaenses, e com a exibição de faixas que mostram que O Diário não mantém o respeito com os profissionais, alguns sem salários desde novembro do ano passado. A empresa também não pagou o 13º salário de 2017 e não faz mais os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) desde maio de 2016. “É importante que os profissionais se mantenham fortes. Diretores do Sindicato estão sempre acompanhando de perto os jornalistas nessa difícil situação. Já entramos com diversas ações contra O Diário. Quando há desrespeito com os trabalhadores, também há desrespeito aos leitores”, afirma Danilo Marconi, do Sindijor Norte PR.