
Jornalistas do jornal O Diário de Maringá, segundo maior periódico do interior do Estado, entraram em greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (7). A decisão foi tomada numa reunião com os trabalhadores, que já estavam com indicativo de greve há 10 dias, à espera de uma contraproposta da empresa, que não a fez.
Eles cruzaram os braços porque estão sem receber os salários desde outubro do ano passado, além do 13º salário de 2017 e férias, sem contar que a empresa não deposita o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) desde maio de 2016. Por meio de uma carta aberta que será lida na Câmara de Vereadores na manhã desta quinta-feira (8), eles fazem questão de informar à população e os leitores os motivos da greve e garantem que sempre “mantiveram uma postura complacente e condescendente, em que cumpriam, com rigor os compromissos”. Prova disso, é que mesmo com os atrasos ocorrendo há dois anos, o jornal não ficou um dia sequer sem circular.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Londrina e Região busca, desde novembro do ano passado, acordos junto a empresa para sanar as dívidas com os jornalistas. Porém, mesmo diante de inúmeras tentativas, nada de concreto foi apresentado.
Os profissionais relataram que estão se desfazendo das economias, perdendo patrimônio e pagando juros altíssimos dos financiamentos que fizeram. Várias vezes tentaram, em vão, um acordo com a direção da empresa e que por não terem sequer uma resposta, alegaram que não vão mais tolerar essa perda de direitos. No documento eles afirmam que agora só voltam ao trabalho caso os pagamentos dos salários atrasados sejam efetuados. “Não pedimos muito, solicitamos à empresa um plano de parcelamento dos atrasados”, diz a carta.
Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Londrina e Região