Representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná (Sindijor Norte PR) estiveram nesta terça-feira (29) no Pool de Combustíveis de Londrina para verificar novas queixas de ofensas contra jornalistas durante cobertura do movimento dos caminhoneiros.
Um homem que se identificou como “empresário” e “apoiador” do movimento xingou repórteres e tentou impedir o trabalho de equipes da Folha de Londrina, RPC e Rede Massa. Profissionais da imprensa solicitaram a presença do sindicato. Três diretores foram ao local.
Eles conversaram com um oficial da Polícia Militar sobre o problema enfrentado pelos profissionais. Embora tenha ido ao Pool para garantir a passagem de caminhões carregados de combustíveis, a PM se comprometeu a impedir a intimidação de jornalistas enquanto estivesse ali.
Já o líder de um grupo de motoqueiros que participava das manifestações garantiu ao sindicato que o movimento respeita a imprensa. Disse ainda que o autor das ofensas não representa a opinião da maioria e que foi convidado a se retirar.
Atitude bem diferente da do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Autônomos de Londrina e Região, que recentemente sustentou que jornalistas “que falarem mal” do movimento serão “escorraçados e expulsos a pontapés”. A ameaça consta em um Boletim de Ocorrência feito pelo presidente do Sindijor Norte PR na segunda-feira (28).
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná vai continuar combatendo qualquer tipo de violência. Ameaças e agressões verbais, embora possam parecer “crimes menores”, prejudicam o trabalho dos jornalistas e, consequentemente, o acesso da população à informação. O Sindijor Norte PR entende que contestar a qualidade da cobertura dos veículos de imprensa é legítimo, mas não por meio de demonstrações de hostilidade. O sindicato mais uma vez se coloca à disposição para receber denúncias, intermediar o diálogo entre as partes envolvidas e auxiliar jornalistas a garantir seus direitos.
Imagem/destaque: Ayoub Hanna Ayoub
