A segunda semana de greve começou com um protesto na porta do O Diário, de Maringá. Nesta quarta-feira (14), jornalistas fizeram uma manifestação na frente da sede da empresa. Com faixas com os dizeres “FRANK pague o que nos deve!” e “Jornalistas de O DIÁRIO em GREVE!“, os profissionais mostraram que estão lutando pelos seus direitos. Diretores do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná e outras entidades como a Frente Brasil Popular, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maringá (Sismmar), o Sindicato dos Motoqueiros de Maringá e Região (Sindimotos Noroeste) e representantes do sindicato que dá assistência aos trabalhadores gráficos também estiveram presentes na ação.
Enquanto protestavam, os jornalistas foram interpelados por um funcionário que se submeteu às vontades da administração do jornal e que, bastante nervoso, disse que tinha o direito de trabalhar, mesmo sabendo da situação dos colegas de redação. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná, assim como os manifestantes, não fizeram qualquer impedimento ao fluxo de pessoas no local, portanto, mesmo em greve, não atrapalharam o funcionamento de O Diário.
O Sindicato entende e respeita as opiniões contrárias, só não aceita a covardia que vem acometendo os profissionais da empresa. Vale sempre lembrar que desde outubro do ano passado, alguns jornalistas não recebem. Os responsáveis pelo jornal também não depositam o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) desde maio de 2016 e o 13º salário de 2017, assim como férias, não foram pagos.
E como se a situação não pudesse ficar pior, diretores de O Diário cortaram o plano de saúde dos funcionários, provocando a comoção do arcebispo de Maringá, Dom Anuar Battisti, que chegou a publicar um artigo de opinião, impresso no próprio jornal, sobre o caso. A empresa também comete irregularidade ao fazer contratações de outros funcionários para a redação durante a greve.