Londrina e Maringá vão participar das manifestações nacionais contra a permanência de Jair Bolsonaro na cadeira presidencial no dia 7 de setembro. Uma “figura” que não respeita jornalistas, que continua a desdenhar da pandemia e que foca em polêmicas em nome da “família tradicional brasileira”, usando o nome de “Deus” em muitos de seus ataques, que já envolveram mulheres, índios, negros, pessoas LGBTQIA+ e outros cidadãos brasileiros que não se sentem representados.

Também é em meio a polêmicas que essa “figura” ataca o sistema democrático, instigando a violência de seus “apoiadores” e “robôs” ao Supremo Tribunal Federal (STF). O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná (Sindijor Norte PR) se soma à Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e outros Sindicatos filiados ao reforçar o chamado à participação nas manifestações populares por democracia em todo Brasil. Somos contra os ataques, as polêmicas e a favor de um Governo que represente, de fato, o interesse de toda a população, que merece respeito e não intimidação.

O ato em Maringá tem início às 15h, com concentração no estádio Willie Davids. O perfil do Instagram Articulação Poder para o Povo (@articulacaomga) faz o chamado para as ruas indicado dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) sobre o poder de compra da população, salário e inflação.

Já o ato em Londrina tem início às 16h, com concentração em frente à biblioteca municipal. “Na conjuntura atual não falta motivos para a classe trabalhadora ir as ruas, com o Estado e burguesia brasileira cada vez mais matando o nosso povo”, diz um dos chamados postados no perfil do Sindicato Independente SIT @sitrabalhadores. Já a Alternativa Popular (@popularalternativa), postou um vídeo onde evidencia, assim como outros grupos, o lucro de grandes empresas, o problema da fome e o desemprego. “Chega de fome e desemprego. Chega de mortes que podiam ser evitadas.”

Aos jornalistas, fica o convite para acompanhar as manifestações democráticas, que também prometem ser feitas do lado do senhor Jair Bolsonaro. A principal diferença entre um e outro ato está na mensagem que cada um deles carrega. Um, contra o STF, que tem agido para barrar inconstitucionalidades, outro a favor da democracia e o respeito entre os poderes. Pede-se que protocolos de segurança e saúde sejam respeitados, como distanciamento e uso de máscara, afinal a Covid-19 ainda é um risco para a vida de todos os participantes!

Confira na íntegra a nota da FENAJ envolvendo o “Fora Bolsonaro!”:

7 de Setembro, é dia de ir às ruas por “Fora Bolsonaro!”

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) soma-se às centrais sindicais e aos movimentos sociais para reforçar o chamado à participação nas manifestações populares por democracia em todo o Brasil, em 7 de setembro.

A cada dia de permanência na cadeira presidencial, Jair Bolsonaro comete mais crimes contra o povo brasileiro e o país. Já em 21 de maio do ano passado, por considerar que havia crimes de responsabilidade em quantidade realizados por Bolsonaro, a FENAJ integrou a iniciativa de mais de 400 entidades que apresentaram um pedido de impeachment contra o mandatário. Desde então, passaram-se mais 15 meses, e a situação agravou-se sem cessar.

O governo federal é diretamente responsável pelas quase 600 mil mortes causadas pela pandemia no Brasil, bem como pelo desastre econômico e humanitário em curso, com a ampliação da fome e do desemprego, e a disparada nos preços da comida, aluguel e transportes, enquanto os bancos e os especuladores ganham bilhões. Por isso, ir às ruas neste 7 de setembro é afirmar que o povo brasileiro não suporta mais conviver com Bolsonaro no Planalto.

Engrossar as manifestações democráticas também se mostra necessário para barrar o discurso golpista e a tentativa de escalada autoritária do presidente e os poucos aliados, que tentam insuflar a sua cada vez mais reduzida base de apoio com um discurso violento e extremista. Não nos intimidarão!

No dia em que se relembra a independência oficial do Brasil, afirmaremos mais uma vez que Bolsonaro, Paulo Guedes e o seu governo trabalham contra o povo brasileiro, e, enquanto posam de patriotas, são na realidade aplicados serviçais do capital externo, agindo como se quisessem fazer o Brasil voltar ao lugar de colônia.

Nossa categoria soma razões a mais para se mobilizar contra Bolsonaro, que utiliza seu cargo para atacar diariamente a liberdade de imprensa, o exercício do jornalismo e as/os jornalistas, recorrendo com frequência a um arsenal misógino, homofóbico e obscurantista. Desde a sua chegada à presidência, a FENAJ registra – em seu relatório anual da violência contra os jornalistas – que ele se tornou a principal fonte de agressões a profissionais e veículos de comunicação, com centenas de casos contabilizados.

Neste dia 7 de setembro de 2021, a FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas de todo o Brasil somam-se, nas ruas, aos que lutam por um futuro melhor para o nosso país, sem Bolsonaro, com democracia e liberdade.

Diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ

Brasília, 3 de setembro de 2021.

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