O Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná recebeu várias denúncias de profissionais do Grupo Tarobá de Comunicação nesta semana sobre a obrigatoriedade da troca de contas bancárias. As contas do Bradesco deveriam ser trocadas para o banco virtual Mupay, que pertence ao próprio Grupo Muffato, dono da emissora.

Não haveria problema se fosse para melhorar as condições dos trabalhadores, mas não é, de longe, o caso. Por ser uma conta digital, não existem agências físicas. Para cada transação bancária, o funcionário deve, segundo as novas tratativas, pagar taxas abusivas que vão contra as políticas estabelecidas pelo Banco Central – conta salário não pode ter cobrança de taxas ou tarifas. O Grupo Tarobá, com essa exigência, descumpre as regras e onera os trabalhadores. Quer lucrar em cima do salário dos próprios funcionários.

Para efetuar um saque, por exemplo, dentro da rede Super Muffato ou em terminais de autoatendimento, há uma taxa obrigatória de R$7 por transação. Caso o jornalista queira fazer a transferência para o banco em que já tem conta, o custo é de R$3 por transação. Um flagrante desrespeito às famílias de dezenas de funcionários.

Segundo determinação do Banco Central, o cliente empregado está isento de tarifas para serviços como:

1. Fornecimento de cartão magnético, a não ser se for preciso uma segunda via para reposição, em caso de perda, roubo ou dano;

2. Manutenção da conta;

3. Realização de até cinco saques a cada salário;

4. Acesso a pelo menos duas consultas mensais ao saldo nos terminais de autoatendimento ou diretamente nos guichês de caixa;

5. Fornecimento de pelo menos dois extratos com a movimentação da conta nos últimos trinta dias, por meio dos terminais de autoatendimento ou diretamente nos guichês de caixa.

É um direito do empregado transferir o seu salário para outra conta no mesmo banco ou em outro banco diferente, sem precisar pagar qualquer tarifa. O Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná recomenda que não sejam abertas essas contas e que os funcionários não cedam às pressões do empregador. Essa irregularidade será denunciada, pois é ilegal e imoral lucrar dessa forma em cima dos trabalhadores.

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