A RPC TV, do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM), demitiu nesta quarta-feira (4) mais de dez jornalistas em Curitiba, Maringá, Cascavel e Paranavaí. Segundo informações apuradas junto a profissionais da empresa, que está em plena comemoração de seus 60 anos, alguns postos na capital paranaense devem ser preenchidos, em data ainda não especificada. Não há, contudo, garantias de quantos. No interior, não se fala em reposição.
Por outro lado, o colunista Rodrigo Constantino, do jornal Gazeta do Povo, também do grupo, que durante live e postagens nas redes sociais nesta mesma data fez apologia ao estupro, afirmando que, se a filha sofresse violência sexual, em determinada situação não faria a denúncia, segue atuando no grupo. A Gazeta do Povo até o momento não se manifestou a respeito. Constantino foi desligado da Jovem Pan, após repercussão do caso.
Rodrigo Constantino dizendo que se a filha fosse estuprada em circunstâncias que ele não aprovasse, a colocaria de castigo e não denunciaria os estupradores
JOVEM PAAAAN! pic.twitter.com/6m77gwNvNR
— Mov. Jairmearrependi #FlavioNaCadeia (@jairmearrependi) November 4, 2020
Os sindicatos dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) e do Norte do Paraná (Sindijor Norte PR) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) lamentam as demissões, registradas em plena pandemia, logo após o fim da estabilidade que é prevista em acordos para redução de salários e jornadas.
As entidades repudiam a opção do grupo por manter em seus quadros um colunista desse “gabarito”, enquanto dispensa profissionais com anos de dedicação e serviços prestados à empresa.
Imagem: Clipartmax, com edições do Sindijor Norte PR