Um livro que se mostra essencial para entender a luta por terras no noroeste do Paraná foi lançado sob organização do “Grupo de Estudos Históricos do Norte e Noroeste do Paraná: fronteiras, políticas, migrações, populações e identidades“. Gratuito, “Territorialidades Camponesas no Noroeste do Paraná” é uma publicação que aborda as territorialidades camponesas construídas a partir do processo de colonização da região Noroeste do Paraná que se iniciou na década de 1920 e chegou às vilas rurais implantadas pelo governo de Jaime Lerner entre os anos de 1995 e 2002.

Com o projeto das vilas rurais, o ex-governador tinha por objetivo conter o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que se articulava no campo, na ocupação do latifúndio improdutivo. A população boia-fria do Estado era constituída de meio milhão de trabalhadores rurais sem terra na época em que o projeto das vilas rurais foi instituído por aquele governo, e parte dessa população poderia aderir ao MST, em sua marcha cotidiana pela reforma agrária.

Além da luta pela terra, o livro também tem por tema assuntos relacionados ao cooperativismo e à educação do campo, à qual inclui uma ampla discussão a respeito da Escola Itinerante do MST.

No texto “Exercitar o humanismo é função vital do jornalismo“, publicado pelo Sindijor Norte PR, o secretário geral do Sindicato, José Maschio, evidencia a importância de estar presente em movimentos sociais.

“O Sindijor Norte PR […] se coloca junto com os sem-teto, os sem-terra e aqueles que lutam contra a coisificação do ser humano. A resistência, urbana e rural, ao Brasil do atraso é uma obrigação, não só ética, mas também moral, dos jornalistas comprometidos com o humanismo. O Sindicato dos Jornalistas só tem razão de existir se estiver atento às necessidades da sociedade.”

Baixe o livro “Territorialidades Camponesas no Noroeste do Paraná” direto do site do Sindijor Norte PR clicando aqui 📖.

Imagem ilustrativa: Alberto Barrionuevo via Pixabay

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