Ataques constantes ao trabalho de jornalistas na Câmara Municipal de Maringá têm acontecido nos últimos meses. Profissionais de imprensa têm sido xingados, ofendidos e hostilizados por uma senhora durante as sessões. Ela se aproxima do espaço destinado aos jornalistas e desrespeita trabalhadoras e trabalhadores que ali estão. Em reunião com o Sindijor Norte PR na segunda-feira (15), o chefe de comunicação da Câmara orientou que boletins de ocorrência fossem registrados contra a agressora.
Em episódios recentes, a senhora chamou profissionais de “covardes” e até mesmo de “perseguidores de cristãos”. Ela também usa outros termos depreciativos e costuma fugir após as ofensas. A situação está ficando insustentável e, por isso, as e os jornalistas pediram a intervenção da entidade que representa a categoria.
Nesta segunda (15), Valdete da Graça e Matheus Gomes, diretores do Sindicato, conversaram com o chefe de comunicação da Câmara Municipal de Maringá, Ricardo Lucena, para tentar por fim aos constantes ataques durante exercício das atividades da imprensa no local. A orientação é que jornalistas registrem boletim de ocorrência, pois, por conta das obras que estão sendo feitas no prédio, a sala, exclusiva para a imprensa, acaba se tornando ponto de passagem para o público em geral. A presidenta da Câmara, Majorie Catherine Capdeboscq, a Majô (PP), deu a mesma orientação aos jornalistas em conversa por telefone.
Os ataques, que deixaram de ser isolados, precisam cessar. O Sindijor Norte PR vai seguir com a orientação de registro de boletins na Polícia Civil. “Merecemos respeito e ressaltamos que a liberdade de imprensa deve ser valorizada e respeitada por todos. Se esta senhora tem alguma divergência de opinião com quem quer que seja, ela que procure seus direitos e não fique atacando os profissionais. Agora ela deve responder pelos crimes que está cometendo”, ressalta a jornalista Valdete da Graça, diretora do Sindicato.
O Sindijor Norte PR e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) repudiam os ataques e vão seguir acompanhando de perto a situação em defesa da categoria.