O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná (Sindijor Norte PR), que integra o Coletivo de Sindicatos de Londrina, participou nesta quarta-feira (26) do ato público em solidariedade às vítimas de Covid-19, doença transmitida pelo novo coronavírus. O ato fincou 158 cruzes no gramado em frente à Prefeitura de Londrina, para lembrar cada uma das famílias que perderam familiares para a doença.

Além do Sindijor Norte PR participaram do ato representantes dos sindicatos dos Bancários, dos Trabalhadores da Saúde (SindSaúde), dos Metalúrgicos e Sindiprevs. O diretor do Sindijor Norte PR Reinaldo C. Zanardi cobrou a responsabilidade da Prefeitura de Londrina e do prefeito Marcelo Belinati, no enfrentamento da pandemia de Covid-19. O diretor lamentou que as decisões de especialistas do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COESP), criado pela prefeitura, não tem sido acatadas pelo prefeito. “Se você ouve e não acata, então porque investiu tempo e pessoas nesse órgão? O dinheiro está acima da vida?”, questiona Zanardi.

Nas redações, já foram confirmados sete casos do novo coronavírus em jornalistas em Londrina. Foram três na Folha de Londrina, um na TV Tarobá e outros três na RIC. Além disso, houve casos suspeitos em outras emissoras. O sindicato acompanha e orienta as empresas.

O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Lincoln Ramos da Silva, também participou do ato. Ele reivindicou a testagem em todos os trabalhadores da saúde do município. “A testagem é emergente porque coloca tem colocado em risco dos trabalhadores da saúde, pacientes e familiares”.

Na última semana epidemiológica, Londrina registrou número de recorde de pessoas contaminadas pela Covid-19: foram 670 novos casos. Nesta terça-feira (25), Londrina chegou a marca de 5.068 testes positivos. Nesta quarta-feira houve um novo recorde diário de infectado, foram 160 a mais em 24 horas.

Segundo o diretor do Sindicato dos Bancários, Laurito Lira Filho, com os números aumentando, é preciso cuidado com a vida e não apenas com a economia. “Ouvimos muito vida que segue, mas para essas 158 famílias a vida não vai seguir”, afirmou Lira.

O protesto foi pacífico e houve uma contagem simbólica até 158, marcando o número de mortes alcançado nesta terça. “Fizemos o ato em solidariedade e para cobrar das autoridades uma responsabilidade no enfrentamento disso, para proteger os trabalhadores e trabalhadoras”, destaca Zanardi.

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