O Grupo de Trabalho (GT) de Combate ao Racismo de Londrina fez ontem (8) a primeira reunião de 2018, reabrindo as atividades que já duram quase seis anos. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná (Sindijor Norte PR) participa do grupo.
O encontro foi na sede do Ministério Público em Londrina. O promotor de Defesa dos Direitos Constitucionais, Paulo Tavares, que coordena o GT, reuniu membros das áreas de educação, saúde e segurança pública, movimento negro e outros representantes da sociedade civil organizada.
A pauta incluiu a programação para este ano, quando se completam 130 anos da abolição dos escravos. Embora não tenha representado o fim da violência e discriminação contra os negros – que após mais de um século de escravidão foram abandonados à própria sorte, em condições miseráveis e de intensa perseguição – a data será usada para lembrar a luta por direitos e igualdade racial.
O GT também discutiu a situação da sede do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros (Neab), dentro da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Trata-se de uma casa histórica, de Peroba Rosa, construída em 1930. Ela foi desmontada e doada à UEL em 2006. Para fazer a reconstrução, o Neab promoveu uma campanha de financiamento coletivo, mas ainda não conseguiu toda a verba necessária.
Criado em 2012, o GT já recebeu e atendeu diversas denúncias de racismo, bem como de intolerância religiosa e discriminação de gênero. Convocou reuniões com autoridades para buscar soluções para os problemas mais imediatos e realizou audiências públicas para debater com a sociedade temas como a violência contra os jovens negros.