Com a greve dos jornalistas prestes a completar dois meses, mais uma audiência judicial envolvendo O Diário de Maringá ficou sem acordo. Dessa vez, na ação coletiva que cobra salários atrasados e outras dívidas do jornal com funcionários.

O processo foi movido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná (Sindijor Norte PR) para garantir os direitos de todos os jornalistas de O Diário – inclusive dos que não aderiram à greve. Eles estão sem salários desde novembro do ano passado, mas antes disso já vinham recebendo valores parciais. Férias e FGTS também estão atrasados.

A audiência na primeira vara da Justiça do Trabalho de Maringá foi rápida. Não houve qualquer proposta de acordo. A audiência de encerramento da ação ficou para 11 de junho.

No mês passado, a primeira audiência de outra ação movida pelo Sindijor Norte PR – que trata da legitimidade da greve – já havia terminado sem conciliação entre as partes. Naquela ocasião, O Diário ainda tentou fazer um acordo com os jornalistas, mas proposta não incluía o básico: o pagamento dos atrasados.

Os jornalistas entraram em greve no dia 7 de fevereiro, após esgotar as tentativas de diálogo com a direção da empresa. Desde então, o periódico tem chegado aos leitores com circulação reduzida, em edições capengas feitas às custas de releases (material distribuído por assessorias) e das escassas matérias produzidas pela equipe que restou. Em vários departamentos da empresa, há notícias de desligamento de funcionários, inclusive em cargos de chefia, o que deixa ainda mais incerto o futuro do jornal.

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