Um projeto produzido pelo HojeMais Maringá, que conta com a participação de Kris Schornobay, diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do PR (Sindijor Norte PR), traz depoimentos de dois jornalistas que foram perseguidos durante a Ditadura Militar no Brasil. Trata-se do documentário “As Heranças do Silêncio“, que faz parte do HojeMais.DOC, um braço audiovisual do site, que além dos fatos mais relevantes do dia em Maringá e região,  também abre espaço para o aprofundamento em temas que extrapolam o jornalismo factual diário e exigem tratamento mais denso.

Um dos relatos é de Aluízio Palmar que foi preso, torturado e expulso do país entre os anos 60 e 70. Já o jornalista Ivan Akselrud de Seixas foi detido ainda adolescente, com 16 anos. Ele foi torturado e viu seu pai ser assassinado durante sessões de tortura. Ficou detido em Taubaté (SP), em uma instituição, durante 6 anos.

“A história desses dois brasileiros, que lutaram contra a opressão militar – entre 1964 e 1985 -, cruzam-se na narrativa de “As Heranças do Silêncio”. Algumas cenas deste filme podem causar mal-estar por tratarem de temas sensíveis, como tortura, assassinato e suicídio”, resume Victor Duarte Faria, diretor do documentário.

As peças são produzidas, dirigidas e editadas com a clara intenção de dar espaço ao que normalmente não entra na primeira página do site, mas que faz parte da história e vida das pessoas. São temas relevantes que colocam o leitor diante da imagem e que provocam questionamentos mais profundos. Um produto novo que pretende integrar as mídias dentro da plataforma de notícias, ampliando a atuação jornalística da equipe do site, que conta com Victor Duarte Faria, Amaro Oliveira e Kris Schornobay.

Ricardo Andretto, jornalista e diretor do Sindijor Norte PR, em Maringá, destaca a relevância do tema do filme lançado na última segunda-feira (17):

“Excelente documentário. Super necessário voltar ao tema. Especialmente para continuar evidenciando o tema aos que estão cegos e fanáticos. Ditadura militar não se comemora. Ditatura militar é história, isso sim. Está aí para ser lembrada e causar repulsa. Repulsa necessária. É preciso se enojar. É preciso ter acesso aos depoimentos dos que sofreram, por mais doloroso que isso seja a eles também. Essas histórias estão vivas, resistem em meio a uma sociedade cada vez mais idiotizada pela tecnologia e na crença das fake news. Mortos não falam, mas se pudessem, ficaríamos ainda mais assustados com os seus relatos.”

Assista “As Heranças do Silêncio” no canal HojeMais Maringá no YouTube:

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