Hoje é comemorado no Brasil o Dia da Liberdade de Imprensa, data que sucede o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (3 de maio), criado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) para alertar a população sobre as perseguições sofridas pelos jornalistas, isso inclui a censura e os ataques que levam ao cerceamento da liberdade de transmitir informações.

No Brasil, a imprensa tem sido essencial em meio à pandemia, seja pelo papel de informar ou de investigar e desmentir informações enganosas, as chamadas fake news, de movimentos políticos que têm levado a população contra a ciência, contra as vacinas e a favor da morte como fez durante muito tempo o presidente Jair Bolsonaro ao indicar tratamentos ineficazes para a Covid-19. Mas já há uma CPI evidenciando o óbvio e a mesma liberdade de imprensa, capaz de noticiar o descaso do Governo Federal no combate à doença que já tirou a vida de muitas pessoas, incluindo a de jornalistas.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) alerta que a Covid-19 já matou mais de um jornalista por dia na América Latina, sendo o Brasil o segundo neste triste ranking. Mesmo assim, não há uma sensibilidade com esses profissionais, que são essenciais na pandemia. Não podemos parar, mas também não estamos inclusos em grupos prioritários. Só que isso vem mudando, uma vez que pelo menos três estados – Maranhão, Bahia e Mato Grosso – já autorizaram a inclusão de jornalistas, mas enfrentam resistência do Ministério da Saúde, ou seja, do Governo Federal, sob comando de Bolsonaro.

Para chamar a atenção da sociedade, a Fenaj lançou, com apoio de Sindicatos filiados, uma campanha nas redes sociais para alertar a população de que jornalistas precisam ser tratados de forma essencial pelas autoridades públicas. Foi ao ar no Dia da Imprensa (1º de junho) e com a hashtag #VacinaAImprensa. “Perdemos jornalistas pela Covid-19. Perdermos familiares desses jornalistas por Covid-19. Estamos na linha de frente e, mesmo assim, não estamos sendo tratados com o respeito merecido. Vacina salva vidas e nós precisamos delas”, diz Cecília França, secretária de Saúde e Condições de Trabalho do Sindijor Norte PR.

A Fenaj e Sindicatos filiados marcaram para o dia 9 de junho um Dia Nacional de Luta pelas vacinas aos jornalistas. É possível manifestar o seu apoio nas redes sociais com uma atualização de foto de perfil no Facebook ou com o uso da hashtag nas redes sociais: #VacinaAImprensa. Participe você também! Mostre o seu apoio!

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