O Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM), maior empresa de comunicação do Paraná, dispensou, em pouco mais de uma semana, 14 jornalistas, sendo nove da Gazeta do Povo e cinco da Tribuna do Paraná. Somados a eles, foram demitidos também três profissionais de áreas relacionadas ao jornalismo, como a infografia.
De acordo com informações obtidas dos jornalistas vítimas do passaralho, a alegação dada pela empresa para a demissão foi a de corte nos gastos. O estranho é que é comum ver nos editoriais da Gazeta que a economia do país está se recuperando.
Para o diretor-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR), Gustavo Henrique Vidal, é preocupante a decisão da empresa, pois alguns dos jornalistas dispensados estavam empregados há alguns anos. Além disso, mais uma vez, o grupo demite profissionais próximo ao fim do ano. “Seguimos cada vez mais menosprezados pelas empresas de comunicação. Fica cada vez mais claro que o jornalista não passa de um ‘número’ para elas. A recompensa da categoria ao se dedicar para empresa é essa: ser demitido. Como se sentir valorizado e tranquilo quando a ameaça de demissão fica sempre rondando a cabeça do jornalista?”, indaga.
Vidal também alerta que é necessária a valorização do SindijorPR para que o sindicato possa enfrentar essas situações em defesa do trabalhador. “Quando a gente fala para fortalecer o SindijorPR não é para ser chato, mas sim porque o sindicato é a principal arma de defesa do trabalhador. Se o jornalista não tomar consciência disso, as empresas seguirão nos desvalorizando ainda mais”, encerra.
O SindijorPR orienta que o profissionais demitidos solicitem as rescisões no sindicato, para que todos os direitos e valores rescisórios sejam assegurados.
Via SindijorPR